A maior
concentração de microrganismos é encontrada no trato gastrointestinal e
consiste principalmente de bactérias. A distribuição bacteriana no trato
gastrointestinal varia de acordo com a região e é influenciada pelo pH,
oxigênio e disponibilidade de nutrientes. A microbiota intestinal desempenha um
papel importante na função intestinal normal e na manutenção da saúde. Produz
um grande número de enzimas envolvidas na capacidade de extrair energia da
dieta e depositar energia nos estoques de gordura, mas isso depende de um
equilíbrio entre bactérias potencialmente patogênicas e vários microrganismos
não patogênicos que promovem a saúde.
As
bactérias comensais no intestino podem proporcionar os benefícios de um órgão
extra eficaz, extraindo energia da digestão da celulose, melhorando o
desenvolvimento e a maturação do sistema imunológico intestinal e sistêmico.
Bactérias diferentes podem desempenhar a mesma função metabólica, o que
dificulta a identificação de um perfil microbiano ideal. Por outro lado, pode
explicar parte da variabilidade encontrada entre a composição da microbiota em
hospedeiros semelhantes. Assim, sabe-se que a microbiota intestinal desempenha
papéis diferentes no metabolismo.
Nos
últimos 10 anos, dados de diferentes fontes estabeleceram uma relação de
causalidade entre a microbiota intestinal e a resistência à obesidade/insulina.
É importante enfatizar que a obesidade induzida pela dieta promove resistência
à insulina por mecanismos independentes e dependentes da microbiota intestinal.
Em um futuro próximo, essa área deverá abrir novos caminhos terapêuticos para a
resistência à obesidade/insulina e suas comorbidades. Todas essas informações
levaram a hipóteses diferentes para explicar os mecanismos pelos quais
alterações na composição da microbiota podem induzir a obesidade. Dessa forma é
super importante sempre estar com a saúde da microbiota em dia.
Além da:
prática regular de exercícios —que pode aumentar sua quantidade de espécies benéficas de
bactérias intestinais, enriquecer sua diversidade de microbiota e ajudar no
desenvolvimento de novas bactérias ter uma boa qualidade de sono —quando seu
ritmo circadiano sai do controle, pode levar ao aumento dos sintomas
gastrointestinais controlar o estresse —micróbios podem responder a hormônios e
neurotransmissores que estão envolvidos em sua resposta ao estresse e alterar a
composição das bactérias do seu intestino, levando a cólicas, constipação,
diarreia e mudanças no apetite
cuidar
da higiene bucal —bactérias orais envolvidas em infecções crônicas da gengiva
podem descer para o intestino e alterar a microbiota, onde podem desempenhar um
papel em certos distúrbios metabólicos e evitar o consumo indevido de
antibióticos —muitas vezes a prescrição de antibióticos é necessária para
melhorar uma infecção bacteriana, mas podem causar distúrbios intestinais, pois
os antibióticos também afetam as bactérias intestinais "boas" junto com
as "ruins" que deixam você doente, criando disbiose. Opções mais
específicas para organização da alimentação são imprescindíveis:...
Opte
por uma alimentação variada. Quanto maior a diversidade de espécies de bactérias, maior a
chance delas contribuírem para certos benefícios à saúde. A diminuição do
número de espécies, por outro lado, pode levar a patologias. Para obter uma
diversidade de espécies na microbiota, você precisa também variar nas escolhas
alimentares. Quanto mais diversificado for o seu plano alimentar, mais fácil
será para o seu microbioma se adaptar. Por isso, varie sempre com frutas,
verduras, legumes diferentes, além da inclusão de alimentos integrais.
Alimentos fermentados e com funções probióticas. Os probióticos são
definidos como microrganismos vivos, que quando administrados em quantidades...
que
quando administrados em quantidades adequadas conferem benefícios à saúde do
hospedeiro. O seu efeito sobre a saúde intestinal é constantemente descrito na
literatura, isso porque os probióticos combatem bactérias patogênicas, promovem
efeitos anti-inflamatórios e modulam a resposta do sistema imune do intestino.
Note a descrição no rótulo como "fermentado naturalmente". Exemplos:
kefir, iogurtes, kombucha. Alimentos prebióticos.
Os
prebióticos são classificados como componentes alimentares que não são
digeridos e que influenciam o crescimento de bactérias benéficas presentes no
intestino. Eles são resistentes ao processo digestivo e não são absorvidos pelo
intestino. Você pode Você pode encontrar prebióticos em frutas com alto teor de
fibras, vegetais, grãos inteiros e leguminosas. Alguns alimentos são fontes
naturais de prebióticos, como a cebola, banana, alcachofra, aspargo, alho,
tomate, batata yacon e raízes de chicória. Por isso a inclusão destes alimentos
diariamente nas refeições, podem promover benefícios na saúde intestinal e no
geral
Inclua
alimentos fonte de polifenóis na sua alimentação. Os polifenóis são
substâncias encontradas nas plantas que ajudam a alimentar esses micróbios
intestinais benéficos. Chás, frutas e vegetais são ótimas maneiras de ingerir
polifenóis e auxiliar na saúde intestinal. A maioria dos polifenóis não é
absorvido no intestino delgado ou no trato gastrointestinal superior e vai para
o intestino grosso, onde são decompostos por bactérias....
Evite
ingerir uma quantidade excessiva de substitutos do açúcar. Estudos mostram que os
edulcorantes (adoçantes dietéticos) podem prejudicar a composição da microbiota
intestinal, gerando problemas como gases, diarreia e alteração na resposta à
insulina. Uma dica importante para quem esta tentando largar o hábito de usar
adoçantes (naturais ou artificiais): coma mais frutas frescas em vez de doces e
consulte um nutricionista para saber a quantidade de adoçantes que você pode
consumir....
Preste
atenção no consumo de álcool. Todos sabemos que temos que beber moderamente. O álcool promove
a disbiose (quando fatores ambientais interrompem o desequilíbrio bacteriano) e
o crescimento excessivo de bactérias, que pode levar à inflamação. O álcool com
moderação pode realmente ser bom para a saúde intestinal, mas é claro que o
excesso é prejudicial.... –
Fonte: https://www.uol.com.br/vivabem/colunas/paola-machado/2020/08/14/microbiota-e-obesidade.htm?cmpid=copiaecola
Link: https:// microbiota intestinal, imunidade, diabetes, resistência insulínica, disbiose, intestino irritável, prisão de ventre, obesidade
Nenhum comentário:
Postar um comentário