A depressão é um transtorno mental bastante comum
atualmente. O problema atinge 11,2 milhões de brasileiros com 18 anos ou mais,
de acordo com dados da Pesquisa Nacional de Saúde, feita pelo Ministério da
Saúde e pelo IBGE, em 2014. Diversos estudos apontam a relação da doença com o
aparecimento de outros problemas de saúde. Um deles, publicado no periódico
norte-americano Stroke, foi realizado pela School of Population Health at the
University of Queensland, na Austrália, e mostra que mulheres que sofrem de
depressão têm quase duas vezes mais chances de sofrer um acidente vascular
encefálico (AVC) em comparação com mulheres da mesma faixa etária que não
sofrem com o problema. Os pesquisadores coletaram informações de mais de 10.000
mulheres com idade entre 47 e 52 anos. Elas responderem perguntas sobre saúde
física e mental a cada três anos entre 1998 e 2010. Na pesquisa, 24% delas
disseram sofrer de depressão. Durante o estudo, 177 mulheres tiveram seu
primeiro AVC. Após eliminar outros fatores que aumentam risco de derrame - como
tabagismo, alcoolismo e hipertensão -, mulheres com depressão mostraram-se 1,9
vezes mais propensas a ter um AVC em comparação com mulheres que não tinham
depressão. Este não é o primeiro que mostrou tal relação. O norte-americano Nurses'
Health Study encontrou um risco 30% maior de AVC entre mulheres com depressão.
No entanto, este é um dos estudos mais amplos já realizados sobre esta relação.
Segundo os pesquisadores, esta pesquisa agrega evidência científica à discussão
e chama atenção para a necessidade de adequados prevenção, diagnóstico e
tratamento da depressão entre mulheres na faixa dos 50 anos. Sete atitudes que
ajudam no tratamento da depressão Sentir uma tristeza muito profunda, que não
passa, é motivo suficiente para procurar um profissional de saúde mental, que
poderá receitar medicação e terapia. Mas além do tratamento, quem sofre desse
mal também pode tomar atitudes que melhoram o quadro da doença.
Confira a
seguir.
Pratique exercícios físicos
A saúde da mente começa pelo corpo. "O exercício físico
libera endorfinas e aumenta os níveis de serotonina e dopamina, potencializando
o efeito antidepressivo do tratamento", explica a neurologista Thais. Além
disso, o organismo só funciona adequadamente se estiver com o equilíbrio de
fatores físicos, psíquicos e sociais. "Quando algum desses fatores é
prejudicado ou beneficiado, os demais sofrem as consequências", diz a
psicóloga e terapeuta comportamental Denise Diniz, coordenadora do Setor de
Estresse e Qualidade de Vida da Unifesp. Dessa forma, se o paciente com
depressão consegue ânimo para se exercitar, também conseguirá melhorar questões
psíquicas, tais como a depressão.
MANTENHA A AGENDA EM DIA
Uma das principais manifestações da depressão é a falta de
iniciativa e de vontade para realizar até mesmo tarefas cotidianas, como
levantar-se da cama. "Fazer uma agenda e programar o dia ajuda a dar
motivação e compensar essa defasagem", afirma Adriana de Araujo, psicóloga
e autora do livro "O Segredo Para Vencer a Depressão" (Editora Universo).
No entanto, todo cuidado é pouco na hora de estabelecer as atividades do dia.
Adriana conta que fica difícil para o paciente com depressão seguir a mesma
rotina de antes da doença. A agenda deve ser realista, de acordo com a
capacidade dessa pessoa. "Se os desafios estabelecidos não são cumpridos,
a sensação de fracasso aumenta, piorando o quadro da doença", alerta.
ALIMENTE-SE BEM
Comer demais ou simplesmente não comer é clássico de quem
sofre de depressão. Mas manter a alimentação saudável é um passo importante
para a recuperação. Thais Rodrigues explica que jejuns prolongados demais ou
exageros alimentares modificam a química do corpo, em especial entre aqueles
que abusam de carboidratos simples, como doces, em busca de conforto.
"Isso provoca variações bruscas nos níveis de glicemia, insulina e
serotonina", diz a neurologista. O indicado pela especialista é comer a
cada três ou quatro horas, preferindo carboidratos integrais e alimentos com
triptofano, um aminoácido que ajuda na produção de serotonina. Exemplos desses
alimentos são: leite, carnes magras, banana e nozes.
FUJA DO ÁLCOOL
Embora a sensação inicial causada pelo álcool seja de
relaxamento e euforia, o sentimento dura pouco. "Depois que esse efeito
passar, a pessoa precisará consumir mais álcool, existindo o perigo do abuso e
até do vício", alerta a neurologista Thais.
VOLTE A VER BELEZA NAS PEQUENAS COISAS
"Quando você resgata uma coisa menor, torna mais fácil
aproveitar coisas maiores", aconselha a psicóloga Adriana de Araújo. Volte
a observar as coisas simples do dia a dia, ou seja, tente admirar uma flor, o
gosto de uma comida, apreciar uma caminhada de 10 minutos, olhar o pôr-do-sol,
entre outras distrações. ?A depressão tira a atenção das coisas belas e
prazerosas da vida, então você tem que reaprender a focar no que não consegue
ver por causa da doença?, afirma a profissional.
OCUPE-SE COM ATIVIDADES DIVERTIDAS
A partir do momento que as pequenas belezas da vida
estiverem mais evidentes, fica mais fácil recomeçar a encarar atividades que um
dia já foram divertidas. Se isso não parece animador, então procure novas
diversões. Busque novidades, aprenda coisas novas e prazerosas, viaje, fuja das
notícias ruins e das pessoas negativas. "Evitar a exposição, na medida do
possível, a informações negativas e aumentar as positivas ajuda muito",
aconselha a neurologista Thais Rodrigues.
RECONQUISTE UMA BOA NOITE DE SONO
Pessoas com depressão, geralmente, dormem demais ou não
conseguem pegar no sono. Segundo a neurologista Thais Rodrigues, isso ocorre
devido a alterações nos níveis de serotonina e noradrenalina, hormônios que
regulam o sono. "O problema é que o sono é essencial para o cérebro
regular novamente esses hormônios e amenizar os efeitos da depressão",
afirma. Se o problema for falta de sono, a psicóloga Denise indica exercícios
de respiração, que relaxam e facilitam o adormecer. Se dormir demais for o
problema, a psicóloga Adriana recomenda pedir a alguém próximo que o desperte
quando achar que você está passando da conta.
Fonte: MSN
Link: http://serotonina e dopamina, triptofano, depressão
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