
Enxaqueca é uma condição neurológica complexa, episódica, caracterizada por uma dor intensa e dolorosa, latejante, de um lado só da cabeça.
Entre outros sintomas a pessoa pode sentir náuseas; distúrbio visual; sensação de agulhadas e alfinetadas de um lado do corpo; sensibilidade exagerada a som, luz e odores; pescoço rígido e dolorido; letargia e exaustão.
A enfermidade acomete mais o sexo feminino: pesquisas do Reino Unido apontam que uma entre cinco mulheres sofre com a dor. Mas os homens (um entre 12) e as crianças (uma entre nove) também são vítimas.
Não se sabe exatamente por que as enxaquecas acontecem, porém várias teorias têm sido propostas com base em genética, vasos sanguíneos (constrição e dilatação), sistema nervoso e até uma deficiência do coração.
Também existem fatores desencadeantes da enxaqueca: alimentação, bebidas alcoólicas, fumo, estresse, exercícios extenuantes, alterações no padrão do sono, luzes brilhantes, barulho, odores e alguns medicamentos.
Além do tratamento medicamentoso, com analgésicos, muito pode ser feito para aliviar o incômodo.
“Mudanças na alimentação e técnicas de relaxamento podem ajudar a amenizar as crises”, diz a inglesa Wendy Green, estudiosa no assunto e ela própria portadora de enxaqueca, autora do livro 50 Coisas que Você Pode Fazer para Lidar com a Enxaqueca (Editora Larousse).
Hábitos à mesa e consumo de certos alimentos podem influenciar o aparecimento das crises.
Acredita-se que a cafeína contraia as veias dilatadas ao redor do cérebro e alivie a dor.
Seus hábitos alimentares e o que você coloca no prato podem influenciar no desencadeamento e no controle da enxaqueca.
Confira as dicas :
Observe a quantidade de cafeína ingerida.
A cafeína pode ser tanto um tratamento quanto um fator desencadeante para a enxaqueca.
Se você não toma café ou chá regularmente, uma xícara de chá ou café forte, ou um copo de refrigerante do tipo cola, pode ajudar a cortar a enxaqueca, principalmente quando tomado junto com remédio.
Acredita-se que a cafeína contraia os vasos dilatados ao redor do cérebro e assim maximize a eficácia dos analgésicos.
Controle os níveis de açúcar no sangue
Os níveis de açúcar variam de acordo com a alimentação, o consumo de medicamentos e também a produção de hormônios. Quando eles caem muito, isso pode resultar em hipoglicemia (baixo índice de açúcar no sangue). Nessa situação, o cérebro não recebe glicose suficiente para funcionar de forma apropriada. O corpo, então, reage produzindo hormônios que liberam glicose na corrente sanguínea. Como resultado, a pressão se eleva, o que desencadeia a enxaqueca.
Cuidado com a tiramina
Trata-se de um aminoácido natural de certos alimentos e bebidas alcoólicas como o vinho e a cerveja. Acredita-se que algumas pessoas sejam mais sensíveis aos efeitos da tiramina. Os estudos ainda são inconclusivos, porém, alguns enxaquecosos alegam alívio quando evitam alimentos que contêm a substância. Entre eles estão: laticínios, frutas cítricas (principalmente laranja), nozes, soja, vinagre, produtos fermentados.
Fique atento aos aditivos alimentares
Eles são usados pelos fabricantes para realçar o sabor e a cor do alimento, assim como para prolongar a validade. Embora as pesquisas indiquem que os aditivos são geralmente seguros, algumas pessoas são mais sensíveis a eles. Entre as substâncias vinculadas às enxaquecas estão glutamato monossódico, nitratos e nitritos, aspartame, tartrazina, sulfitos e benzoato de sódio.
Mastigue gengibre
O gengibre cru pode aliviar a náusea e os problemas digestivos que costumam acompanhar as enxaquecas. Também bloqueia os efeitos das prostaglandinas – substâncias que podem provocar inflamação dos vasos sanguíneos no cérebro e causar uma enxaqueca. Se não quiser mastigá-lo cru, pode fazer um chá ou comer biscoitos de gengibre.
Coma alimentos ricos em magnésio
De acordo com estudos, quem sofre de enxaqueca tem níveis baixos de magnésio. A dose diária recomendada é de 270mg para mulheres e 300mg para homens. Para assegurar uma dose adequada de magnésio na alimentação, consuma verduras frescas de folhas verdes, feijão, ervilha, batata, aveia e extrato de levedo.
Beba água
A desidratação é outro fator desencadeante comum e muitas vezes subestimado para as enxaquecas. Os tecidos que rodeiam o cérebro são compostos principalmente de água. Quando perdem líquidos, encolhem, provocando irritação e dor. O ideal é ingerir entre um e dois litros de água diariamente.
Fonte: IG